MARTIM MONIZ AREEIRO

O Martim Moniz fica a dois passos do Rossio. A praça recebe o nome do fidalgo que em 1147 ajuda o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, a conquistar o castelo atravessando-se na porta para que os companheiros conseguissem passar.

Hoje, a Praça do Martim Moniz tem belos repuxos de água e a simbologia casteleja com torres e elmos estilizados. No seu espaço, além de um pavilhão informativo sobre Lisboa, tel. 218821169, tem outros com artesanato e cafetarias. Para Leste encontra a interessante ermida de Nossa Senhora da Saúde construída em 1506 para proteger os habitantes da cidade contra as pestes que durante a Idade Média e ainda na Idade Moderna eram frequentes. Muitas dessas pestes eram provocadas pelos enterros dentro das próprias igrejas. A Igreja de Nossa Senhora da Saúde tem uma só nave, boa azulejaria e belas pinturas setecentistas.

De um e do outro lado da praça ficam os Centros Comerciais: Martim Moniz e Mouraria. Neste último os preços dos artigos são muito baixos. A mistura de portugueses, africanos, chineses e indianos dá movimento, graça e cor aquele local.

Do outro lado encontra o Hospital de S. José no antigo colégio de Santo Antão. Além da sua função específica e de uma importante biblioteca, possui um extraordinário conjunto de azulejos.

Subindo a rua da Palma, logo no inicio: a Agência de Viagens de Turismo "Rodarte" Tel. 218881214, Fax. 218880166, bancos, correios. Na avenida Almirante Reis encontra bastantes motivos de interesse, de um lado e outro, embora pareçam envergonhados e escondidos no seu passado. A Bica do Desterro é um exemplar curioso de belos capiteis, janelas entaipadas e uma caravela. O Hospital com a Igreja do Desterro de uma só nave. O Chafariz do Intendente de gosto neo-clássico. A Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego com os magníficos painéis que a emolduram. Esta fábrica é o último cântico de indústria iniciada por árabes e judeus e que aqui tinham as suas olarias, onde as quintas, os montes e os regatos abundavam. Os nomes das ruas só as recordam: das olarias, do forno do Tijolo. Os produtos aqui fabricados foram, durante séculos, exportados para muitos países. A Igreja dos Anjos com destaque para a talha dourada, a imagem de Nossa Senhora da Conceição do século XVI, o Calvário e o brasão da família Lumiar. Na rua dos Anjos, a Ermida do Resgate e Senhor dos Perdidos salienta-se pela talha dourada, o valioso altar mor e um interessante conjunto de azulejaria. O Museu Nacional do Desporto, com objectos ligados ao desporto e evocativos de várias personalidades a ele ligadas. R. dos Anjos, 77-2º Esq. Tel. 21 357 62 39. O Museu do Banco de Portugal com exposições contínuas sobre o dinheiro. Av. Almirante Reis, 7 _ Tel. 21 312 82 81.

DA IGREJA DA MADALENA AO CASTELO E REGRESSO PELO PANTEÃO

Na R. da Conceição, junto à entrada para as Termas Romanas fica a paragem do eléctrico 28, que faz um circuito por zonas típicas ao passar perto do Castelo, S. Vicente de Fora, Feira da Ladra, Graça, Martim Moniz.

Se quiser só ter uma ideia geral da Lisboa antiga, tome o eléctrico 28. Observe as ruas íngremes e curvilíneas, pontue os lugares que melhor desejar conhecer e depois de fazer o circuito volte à Rua da Conceição. Suba um pouco a rua, entre na Igreja da Madalena. Fica no largo do mesmo nome. Observe o pórtico Manuelino, entre. Admire a imagem do Cristo do Perdão que tem um braço maior que outro para salvar os condenados arrependidos, observe toda a monumentalidade.

Ao sair da igreja, suba mais 150 metros. Veja a Igreja de S. António, onde nasceu o Santo em 15 de Agosto de 1195. A igreja é uma verdadeira sinfonia em mármore. O museu fica ao lado. O Museu Antoniano é dedicado ao culto de Sto. António. Aí encontra as alfaias litúrgicas, a bibliografia (livros que falam sobre o santo) e a explicação iconográfica (ima-gens relativas a determinado assunto): pinturas, esculturas, gravuras, cerâmica. Lg. De Santo António da Sé - Tel. 218860447

Passe à Sé Catedral, 30 metros acima.

A Sé, data da fundação da nacionalidade. Estruturalmente é um monumento românico. Está assente sobre as bases de uma mesquita árabe. Foi várias vezes restaurada. A robusta frontaria com o portal de arquivoltas e colunelos tem capitéis historiados e um janelão que emoldura a rosácea. Observe a mistura dos estilos: românico, gótico, clássico e obras barrocas. Por incrível que pareça a beleza não se perde na confusão. Veja bem a nave central com as varandas do trifório (galeria estreita), a capela de Bartolomeu Joanes, o claustro gótico de D. Dinis, a charola de D. Afonso IV, os túmulos e o tesouro que guarda os objectos de arte sacra.

Entre a Sé e o Castelo, à direita, fica-lhe um Palácio Real, o Limoeiro, que também já foi cadeia e hoje alberga serviços de Magistratura. À esquerda vê o Pátio do Carrasco,

exemplar que ainda conserva do século XVI toda a sua traça: o perfil chanfrado das janelas, a escada adossada ao muro, com verga recta, um primeiro andar de ressalto o qual descansa sobre uma coluna de base e fuste e capitel oitavados. Poucos metros antes tem o Teatro Romano. R. De S. Mamede ao Caldas.

Mas, o seu caminho é o Castelo.

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