| 
   A RESIDÊNCIA DOS WINDSOR 
    É-LHES FATAL  
  Os homens pensam na morte como um tempo que nunca há-de chegar. 
    Mas, tal como os animais irracionais, que têm um instinto especial para 
    preverem catástrofes, também há seres que aproveitam 
    alguns momentos da vida como se fossem os últimos. 
    Diana e Dodi Al Fayed estiveram juntos, por mais de uma vez, neste fatídico 
    verão. 
    A alegria de viver, a boa disposição, a indiferença perante 
    os fotógrafos que tinham assentado baterias por toda a costa da Sardenha, 
    parecia não os incomodar. Os mergulhos, as corridas em mota-de-água 
    tornava-os duas crianças felizes e despreocupadas como se pressentissem 
    que o tempo de vida estava a terminar. 
    Nas águas da Sardenha ficaram gravadas as suas impressões corpóreas. 
    As águas daquela zona estão impregnadas da energia de Diana. 
    Mergulhar nelas é receber a força revigorante da beleza e da 
    juventude. 
    Dodi Al Fayed era um homem apaixonado mas que sempre soube respeitar Diana. 
    Até a fotografia em que há um arremedo de beijo não é 
    credível. Nunca ninguém os viu enlaçados ou em poses 
    comprometedoras embora o pudessem fazer. Ambos eram livres. 
    O pai de Dodi, Mohammed Al Fayed, tinha prometido ao pai de Diana protegê-la 
    e fez o primeiro convite para uma estadia entre amigos. Diana e os filhos 
    divertiram-se a bordo do iate Jonikal. As férias continuaram, 
    já sem os filhos. No Mediterrâneo, foram os últimos bons 
    momentos. 
    Antes de regressarem a Paris, combinam celebrar o pacto nupcial na casa de 
    Eduardo VIII e da senhora Simpson. São rejeitados. Os espíritos 
    dos maiores amantes do século XX não permitiram que o acto se 
    consumasse. Aquela casa pertence-lhes. É a sua residência. Quem 
    ali tiver a ousadia de viver, terá de ouvir os seus gemidos de amor, 
    na bela casa assombrada. 
    O reflexo dos seus fluidos incidiu sobre mentes preparadas a receber emissões 
    extra-sensoriais. Pouco depois de os S.S. terem confirmado o regresso do casal 
    Diana e Dodi, o plano de destruição é posto em marcha. 
    Ao chegarem às 23 horas ao Ritz já Diana, Dodi, Henri Paul, 
    Trevor e todos aqueles que lidavam com eles estavam sob o domínio de 
    mentes poderosíssimas que lhes iriam ditar como proceder nas próximas 
    horas. 
    Diana e Dodi decidem pernoitar na residência dos Windsor e isso é-lhes 
    fatal. Os seres, que habitam o eterno pensamento, podem fazê-lo onde 
    entenderem e o duque de Windsor e a senhora Simpson, devido à intensidade 
    da sua paixão vivida dentro daqueles muros, passam ali temporadas e 
    não permitem intrusos. Nestes momentos os seus fluidos são negativos 
    e fragilizam todas as defesas dos possíveis invasores da sua privacidade. 
    Diana devia ter pressentido o perigo e teria preferido ficar no Ritz. Já 
    era tarde, na cabeça de Dodi estavam outras forças que o instigaram 
    a insistir com argumentos irrecusáveis.  
    Às 0.20h abandonam o hotel num Mercedes S 280, conduzido por Henri 
    Paul, subchefe da segurança do hotel e acompanhados por Trevor Rees 
    Jones, guarda-costas. Às 0.26h, a mais de 180 kms hora, o Mercedes 
    embate no muro da diretia, choca de frente no 13º pilar, capota, embate 
    de novo na parede oposta e volta a endireitar. Às 0.27h chamam a polícia. 
    O fotógrafo Ronnald Rat abre a porta do lado de Diana que está 
    entalada entre os bancos no chão, e toma-lhe o pulso. Frederic Maillez, 
    um médico que passava, endireita-lhe a cabeça para que ela possa 
    respirar. Diana está inconsciente. Geme. 10 minutos depois chegam as 
    ambulâncias. Dodi e Paul estão mortos. Diana recebeu oxigénio 
    e massagens cardíacas. À 1.50h Diana é levada para o 
    hospital Pitié-Sâlpêtrière. A hemorragia é 
    fatal. Não resiste à operação. 
    O óbito é declarado às 4 horas. 
    Dodi Al Fayed foi um verdadeiro senhor que nunca pôs em causa a reputação 
    da princesa. Dodi guardou para a eternidade aquilo que iriam anunciar. Julgo 
    que o trágico acontecimento nunca poderia ter sido evitado. Mesmo com 
    escolta, o acidente ter-se-ia produzido. O acidente foi provocado. Diana, 
    Dodi e o motorista foram assassinados. 
   
    OS ASTROS 
  Diana, como 90 por cento das pessoas deste planeta, acreditava que o futuro 
    é previsível. Isso levava-a, de tempos a tempos, a consultar 
    especialistas em oniromância, astrologia, cartomância e quirologia. 
     
    Estas consultas devem ser feitas a pessoas com provas dadas. Nunca se deve 
    brincar com estes assuntos. Ou se levam a sério ou se esquecem. 
    Diana tinha sonhos frequentes com desastres e não se protegia minimamente, 
    o que é estranho. 
    Diana era uma extra-sensorial não desenvolvida. As suas fabulosas intuições 
    indicam-nos esse aspecto das suas capacidades. Ao não lhe ser dado 
    a conhecer que ela podia actuar com defesas invisíveis, mas tremendamente 
    eficazes em situações de perigo, ficou inibida de se defender 
    sem utilizar mais do que a sua própria energia que ela oferecia livremente 
    e a tornava uma porta aberta e vulnerável logo que a decidissem atacar. 
    Outro aspecto que devia ter em conta era a cor daquilo que vestia. O negro, 
    a ela, atraía-lhe a desgraça. Por instinto, o príncipe 
    Carlos, e parecendo até desagradável, disse-lhe uma vez, que 
    o negro era só para os dias de luto. Diana tomou a frase como ofensa. 
    O príncipe não a quis ofender. Para os homens, as palavras, 
    têm significados diferentes do que para as mulheres. 
    As mulheres são muito sensíveis à carga dos vocábulos. 
    Uma palavra que, muitas vezes, não significa nada para um homem é 
    uma ofensa grave para uma mulher. 
    O homem deve enviar mensagens subtis (subliminares) à mulher, que ela 
    capta com facilidade. Desta maneira, a vida do casal perspectiva-se num namoro 
    constante e a felicidade é mais fácil de alcançar. 
    Carlos tinha razão. Diana insistiu no erro; encomendou à estilista 
    Catherine Walker, um vestido preto para o Outono. Levou-o no esquife para 
    o templo do tempo eterno.  
    Voltando à ideia inicial: as consultas às Ideias Superiores, 
    e onde a ciência ainda não colheu frutos por que não investigou 
    com a mesma intensidade com que o faz com as coisas mais simples, é 
    um assunto que devia ser pesquisado urgentemente para não haver tantos 
    enganos e tantas mistificações. 
    Diana não devia ter sido bem aconselhada; senão, os astros tê-la-iam 
    protegido. 
   
    FUNDAÇÃO PRINCESA DIANA 
  O primeiro ministro, ao ter conhecimento da morte da princesa, tomou três 
    atitudes que o levarão a guiar os destinos do Reino Unido com segurança 
    e apoio dos cidadãos: declarou Diana, Princesa do Povo, criou a Fundação 
    Princesa Diana e defendeu a casa real com mestria. Tony Blair fica na história 
    pelo golpe de inteligência demonstrado. A sua estrela chama-se Diana 
    e tem toda a possibilidade de brilhar por longos anos a favor da Grã-Bretanha 
    e de exemplo para o mundo. 
    Tony Blair criou a fundação Princesa Diana e esperemos que só 
    acabe quando os miseráveis, os desprotegidos da sorte e da inteligência 
    tenham acabado e sido integrados na sociedade da abundância, vivam a 
    felicidade que a todos é devida ao entrarem, sem o pedir, neste mundo. 
    O Conde Charles Spencer, vai permitir o acesso, entre os dias 1 de Julho e 
    30 de Agosto, ao parque de Althorpe, onde Diana repousa, para que os seus 
    amigos a sintam mais perto e possam fruir das mensagens que pensem enviar 
    e receber, de uma mulher sensível e um símbolo do humanismo 
    como, muito bem, salientou o irmão. 
   
    A ÚLTIMA IMPERATRIZ 
  O dia de 2 de Setembro de 1997 ficará na memória de biliões 
    de pessoas, como um dos mais tristes das suas vidas. Diana fazia parte do 
    quotidiano; era uma amiga de família, alguém muito especial 
    que vivia entre nós. 
    Era impossível ignorá-la e muito menos não a amar. Só 
    os despeitados, os invejosos de tudo o que os outros têm, ficaram indiferentes 
    e até contentes. Pensam os tolos que, assim, eles terão mais 
    hipóteses de que alguém lhes preste atenção.  
    O cortejo saiu do palácio de Kensington para a abadia de Westminster. 
    A última imperatriz dos finais do século ia viajar para o mundo 
    do sonho eterno onde o pensamento é o elo de ligação 
    entre os imortais.  
    Os reis do Reino Unido inclinaram-se perante a mulher que soube conjugar todas 
    as atenções e todo o amor em torno do seu país. 
    Diana juntou o povo e todos os governantes de todos os países do mundo 
    enviaram mensagens de pesar. Teriam estado presentes se o protocolo inglês 
    não continuasse agarrado aos séculos passados. Mesmo assim não 
    impediu que a rainha Noor da Jordânia, Hillary Clinton, Margaret Thatcher, 
    Tony Blair e os grandes do espectáculo, como os cineastas Steven Spielberg, 
    Richard Attenborough, os actores Nicole Kidman, Tom Cruise, Tom Hanks, os 
    cantores George Michael, Sting, Pavarotti e muitíssimos outros, fossem, 
    pessoalmente, render homenagens. 
    Os biliões de pessoas que choraram Diana fizeram-no porque ela era 
    autêntica. 
   
    Na abadia de Westminster, Tony Blair, Primeiro Ministro do Reino Unido leu 
    o 13º capítulo da 1ª Epístola de S. Paulo aos Coríntios. 
    ...Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos e não 
    tiver amor, sou como o bronze que ressoa ou como o címbalo que tine. 
    E ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os ministérios 
    da ciência, ainda que possua a fé em plenitude, a ponto de mover 
    montanhas, se não tiver cuidado, nada sou... 
  Lady Sarah MC Corquiodale, irmã de Diana, leu o poema: 
  Se eu morrer 
    Deixando-te só, aqui, por um instante 
    Não sejas como os outros, 
    Magoados e tristes 
    Que fazem longas vigílias 
    Junto de silenciosas cinzas 
    E choram. 
    Regressa por mim, à vida e sorri 
    De coração forte e trémula mão 
    Para aos outros trazer consolo 
    Mais do que a ti. 
    Termina estas amadas e incompletas  
    Tarefas por mim iniciadas 
    E possa eu assim, por minha vez, 
    Reconfortar-te. 
   
    Lady Jane Fellowes, irmã mais velha de Diana, leu o poema. 
  O tempo é demasiado lento 
    Para quem espera. 
    Demasiado veloz 
    Para quem teme. 
    Demasiado longo 
    Para quem chora. 
    Demasiado breve  
    Para quem rejubila. 
    Mas para os que amam, 
    O tempo é a eternidade. 
  A cerimónia religiosa atingiu o apogeu quando Elton John sublinhou 
    na canção a tua chama extinguiu-se, mas a tua lenda não 
    se apagará. 
    Oiçamos a canção: 
  Adeus, Rosa Inglesa 
  Adeus, Rosa Inglesa, 
    Oxalá cresças sempre 
    Nos nossos corações. 
    Tu foste a graça 
    Que soube estar 
    Onde tantas vidas 
    Se dilaceraram 
    Apelaste ao nosso país 
    E confortaste 
    Os que sofriam 
    Agora pertences aos céus 
    E as estrelas escrevem o teu nome 
    Parece-me que viveste a vida 
    Como uma vela no vento: 
    Nunca se desvanecendo no poente 
    Quando a chuva chegava 
    E os teus passos  
    Sempre percorrerão 
    As mais verdes colinas 
    De Inglaterra 
    A tua chama apagou-se 
    Mas a tua lenda  
    Viverá para sempre. 
    Perdemos encanto 
    Nestes dias vazios 
    Sem o teu sorriso 
    Esta chama que em nós 
    Sempre arderá 
    Pela menina de ouro 
    da nossa nação. 
    E ainda que tentemos 
    A verdade afoga-nos em lágrimas 
    As nossas palavras 
    Jamais poderão exprimir 
    A felicidade que nos deste. 
    E parece-me que viveste a vida 
    Como uma vela no vento: 
    Nunca se desvanecendo no poente 
    Quando a chuva chegava 
    E os teus passos 
    Sempre percorrerão 
    As mais verdes colinas 
    De Inglaterra. 
    A tua vela apagou-se 
    Mas a tua lenda  
    Viverá para sempre. 
    Adeus rosa de Inglaterra 
    Oxalá cresças sempre 
    Nos nossos corações. 
    Tu foste a graça 
    Que soube estar 
    Onde tantas vidas 
    Se dilaceraram. 
    Adeus, rosa de Inglaterra 
    De um país perdido 
    Sem a tua alma 
    Que sentirá a falta 
    Das asas da tua compaixão 
    Mais do que algum dia saberás 
    E parece-me que viveste a vida 
    Como uma vela ao vento: 
    Nunca desvanecendo no poente 
    Quando a chuva chegava 
    E os teus passos 
    Sempre percorrerão 
    As mais verdes colinas 
    De Inglaterra. 
    A tua vela apagou-se 
    Mas a tua lenda 
    Viverá para sempre. 
  Melhor que esta leitura, sem som, é ouvir Elton John e saborear o 
    inefável prazer de sentir Diana na suavidade e encanto da melodia. 
 | 
     |