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DE
EXTREMO A EXTREMO


Editora: Cunha Simões

Número de páginas: 112

Ano de edição: 1967

Preço de capa:


Pequeno excerto do livro


Nota prévia
Publicado em 1967, “De Extremo a Extremo”, continua o estudo sobre a contradição do homem. Pela boca de Tomás da Fonseca soube da libertação do filho e não resisti a dedicar-lhe o poema, que ele considerou perigoso. Para o escritor, para o poeta não existem perigos. Existe amor, solidariedade, compreensão pelas ideias de cada um.
Devido aos constantes pedidos do livro, e não tendo intenção de o voltar a publicar, coloco-o na Internet à disposição dos mais curiosos.



DE EXTREMO A EXTREMO

Tal como o céu varia as suas cores, assim como ele apresenta um aspecto carregado ou a face brilhante de um Sol esplendoroso, tam­bém o Homem tem os seus Invernos, as suas primaveras, os seus verões e os seus Outonos.


O pensamento do Homem varia com o ro­lar dos anos: é santo, é místico, é descrente, é revolucionário é reaccionário.


A personalidade é feita de milhões de in­gredientes. Não nos podemos admirar que hoje pense de uma maneira, amanhã de outra. Ele vive sob a Natureza, e todo aquele que não é influenciado por Ela tem de percorrer a vida sobre um colchão de bajulações, de reverên­cias e de mentiras.


INCOMPREENSÍVEL

Tudo está feito.
Nada há a descobrir.
A terra é imensa.
O mar é imenso.
O universo é infinito.
Atingem-se os outros planetas.
Mas, perante tanta grandeza,
O homem vive rastejando
No meio do mato, sob o comando
Do acaso e de ignorância.