Tem no seu pensamento um aliado poderoso que lhe pode resolver todos os problemas.

De olhos nos olhos, nós sabemos com quem contar. Há olhos que atravessam as pessoas e as coisas.

O poder magnético dos olhos transforma um leão num cordeirinho e equilibra ou desequilibra um corpo.

Basta o olhar intenso de alguém, carregado de força, para essa energia ser transmitida à pessoa visada.

Tal como a electricidade, há seres positivos e seres negativos que naturalmente exercem, à sua volta, influência positiva ou negativa que se faz sentir especialmente nos organismos doentes, isto é, nos corpos que estão fora da harmonia e que, por isso mesmo, são susceptíveis de recolher influências externas dado que se encontram desorganizados.

Quando isto acontece, um olhar faiscante ou dá ânimo ou acaba por deitar abaixo a pessoa sobre que incide.

O olhar é tanto mais rico em potência quanto maior for a capacidade dos intervenientes para tirar partido da situação.

Quem domina com o olhar tem de traduzir mentalmente tudo quanto se passa com grandeza e sensibilidade total.

A cura pelo olhar, só pelo olhar, é um dom tão sublime e tão maravilhoso que quem o possui pode dominar tudo e todos porque domina a alma e o corpo sobre quem lança o seu olhar.

É um poder que nasce com a pessoa e ela desenvolve-o para o bem ou para o mal ao longo da vida.

Todos sabem que o olhar de determinadas pessoas deprime os mais fracos, enquanto outras os tranquilizam, normalizam e ajudam a curar emprestando-lhes a sua força de organização física e mental.

Por muito estranho que isso pareça, através do olhar podemos pressionar o espírito de outra pessoa.

Por vezes, a pressão exercida sobre esta ou aquela pessoa é tão forte, que ela fica subjugada pelo fascínio que aqueles olhos têm sobre si.

Os olhos funcionam como baterias; uma carregada, outra descarregada.

Dois corpos que se relacionam, neste sentido energético, através do olhar poderão conversar entre si, sem necessidade de trocar uma só palavra.

Estou plenamente convencido que os peixes, as aves e os animais, chamados irracionais utilizam o olhar para se entenderem.

Um dos olhares mais belos, mais cativantes e mais espectaculares é o das cobras. Nele está expresso amor, sensibilidade, ternura e desejo de fazer amizades que, por culpa do grosseiro mito de Adão e Eva, se transforma em medo, perseguição e morte. E por estranho que pareça, repito, elas só pretendem amor e carinho.

Outro veículo, e o grande suporte de todas estas transmissões de energia, são as mãos, que concentram no corpo do que cura, o fluxo máximo de energia que depois é dirigido ao corpo ou à parte do corpo do paciente que necessita de auxílio.

A medicina do futuro será algo deste género.

Este tipo de medicina, que vem dos confins da antiguidade, pode corresponder a um estádio altamente evoluído da arte de curar, que se terá pura e simplesmente perdido.

Tal como a energia eléctrica, também as mãos, podem desempenhar um papel muito importante.

Este é o caso dos tratamentos ainda hoje aplicados para doenças mentais e onde se recorre, com muita frequência, a choques eléctricos.

Na Bíblia, várias são as referências ao poder das mãos. Um dos episódios mais interessantes é aquele em que é relatado o ataque dos Amalatitas a Israel.

Quando Moisés soube que um poderoso exército os atacava, em vez de ir com os guerreiros defender a sua gente, ele sobe a um monte e fica de braços estendidos na direcção dos seus homens. Enquanto ele tem os braços estendidos e as mãos na posição de os proteger eles vencem, sempre que ele, por cansaço, baixa os braços, os Amalatitas ganham vantagem. Para que isso não suceda os amigos trazem-lhe suportes para os braços, e Israel vence.

Também em Jesus Cristo, o movimento das mãos é importante, aparecendo sempre através de posições especiais das mãos, inclusivamente quando abençoa.

O acto de abençoar não é outra coisa senão o acto de curar ou de proteger, através da imposição das mãos sobre a cabeça.

Este gesto que as igrejas utilizam é ainda hoje muito divulgado entre os padrinhos e os pais que diariamente abençoam os afilhados ou os filhos.

Dito isto sobre o pensamento, os olhos e as mãos, e ainda antes de darmos alguns exemplos de como equilibrar o corpo, façamos algumas considerações sobre o mistério que nos rodeia e o mistério do que somos. Talvez assim saibamos o porquê das nossas forças e das nossas limitações.

CONHECER OS OUTROS

POR NÓS PRÓPRIOS

É certo que qualquer um de nós, humilde ou poderoso, conhece melhor do que ninguém a sua própria pessoa, tanto nos pormenores físicos, como sobretudo, no mundo do psíquico e do intelectual.

É esta a razão que nos leva a medir todo o conhecimento por nós próprios.

É esta a razão que nos obriga a estabelecer um paralelo constante entre o assunto que avaliamos e a nossa própria capacidade.

Em todas as circunstâncias, nós somos o ponto de comparação.

Os nossos pensamentos, os nossos olhos e as nossas mãos não se sabem dar valor, para fora daquele que normalmente servem.

O mistério que mais tem preocupado o homem, ao longo dos tempos, tem sido o próprio homem, que continua perfeitamente incompreensível em todos os seus aspectos, apesar do desenvolvimento que hoje atingiram matérias como a medicina, a cirurgia e a psicologia.

Ainda hoje, o homem desconhece as suas origens, a sua verdadeira idade, a sua razão de ser e o seu destino.

Nós não sabemos quem somos, por que razão existimos, nem com que finalidade.

Todas as descobertas relacionadas com o homem não nos devem surpreender.

Ninguém sabe, ao certo, fazer a divisão entre o corpo e o espírito, embora todos os dias falemos no corpo e na alma, no corpo e no espírito, como se fossem duas realidades completamente distintas que vivessem em conjunto.

Há Religiões que dizem que o corpo é corruptível, a alma imortal e que a morte separa definitivamente o corpo da alma, destinando-se esta ao mundo dos espíritos.

É por isso normal que a faculdade que o homem tem de intervir na natureza, com este binómio corpo e alma, possa ir mais longe do que parece à primeira vista.

A força através do pensamento, dos olhos ou das mãos, é hoje um sintoma cada vez mais falado e cada vez mais estudado a todos os níveis, e cada vez com mais convicção, sobretudo no caso dos chamados curandeiros que provocam efeitos muito especiais nos seus pacientes, através do pensamento, das mãos ou da penetração do olhar.

Até agora dizia-se que se tratava de puro charlatanismo, a partir de agora são os próprios cientistas os primeiros interessados em saber até que ponto, fenómenos deste género, correspondem à utilização de forças mal conhecidas e aplicadas esporadicamente.

O ser humano tem todos os meios ao seu alcance para ser saudável.

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