Encaminhe-se para o rio; ali a dois passos vai encontrar a interessantíssima Torre de Belém mandada edificar entre 1515 a 1521 por D. Manuel I. Está envolvida por água. Observe a elegância e a beleza de todo o conjunto. O manuelino esbate-se no romano - gótico, espraia-se pelas guaritas, pelas ameias, pelas canhoeiras, pelas colunas, por todo o corpo da ninfa erguida, banhando-se na praia e toda ela envolvida por um enorme calabre. Ela é um símbolo das glórias marítimas dos portugueses a que o artista Francisco Arruda soube dar forma, encanto e sonho.

Se quiser saber o que é a saudade e a quiser materializar tem aqui a Torre da saudade. Ela representa as lágrimas, a esperança, as aflições, os sobressaltos da separação, a alegria do regresso, o sonho das terras distantes. Partimos com a incerteza e a esperança, voltámos com a saudade. São assim os portugueses. Apaixonam-se por quem os trata bem e ficam com saudades do bem que encontraram e que deixaram. Isto é a saudade. A Torre de Belém, o seu ex-libris.

Passe ao Padrão dos Descobrimentos (1960). Tal como o nome indica é um monumento evocativo dos descobrimentos com uma belíssima Rosa _ dos _ Ventos, oferecida pela África do Sul. Do topo do monumento a vista sobre Lisboa e o Tejo é um caminho de sonho, fantasia e realidade.

Relativamente perto fica o Museu de Arte Popular. Apresenta "As artes e o folclore tradicionais das várias regiões do país".

Está instalado num dos edifícios que fizeram parte da Exposição do Mundo Português de 1940. Av. Brasília Tel. 213011675

Também, na zona, fica o Museu de Electricidade. Mostra todo o material pertencente à antiga central eléctrica de Lisboa. Está instalado no edifício industrial da Central do Tejo.

Av. Brasília Tel. 213631646

No regresso, desça na Praça do Comércio.

Os autocarros 18, 42, 104, 105 levam-no ao Museu Nacional do Azulejo. Fica no Convento da Madre de Deus, fundado em 1509, pela rainha D. Leonor, viúva de D. João II,1481-1495. O Convento da Madre de Deus, onde se encontra o museu é todo um conjunto de harmonia, de beleza e encanto. Salientam-se, em quantidade e qualidade, os azulejos.

A capela mor foi no reinado de D. João III, 1521-1557, erguida no andar superior devido às inundações causadas pelas marés vivas do rio. É um belo exemplar barroco com pinturas do século XVI.

São de destacar ainda o portal manuelino, a talha dourada em profusão com o púlpito em talha joanina. Os azulejos holandeses, as pinturas de André Gonçalves, a pia de água benta, o soberbo arcaz de madeira exótica do Brasil. As telas emolduradas por talha seiscentista. É um acervo monumental de azulejaria que deslumbra não só pela quantidade mas, principalmente, pela qualidade. A sacristia e a capela são verdadeiros hinos de beleza.

Para descansar tem um agradável restaurante com vista para um pátio de Inverno que, em Lisboa, tem sempre o sabor a Verão. R. Da Madre de Deus, tel. 21814774/99

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